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20 de jan. de 2011

E VENTA!

Me estranha alguns estarem desesperados por vento, pois tem ventado direto. Tá bom, o cara não pode sempre, mas se um dia não dá, no outro ou em dois dias no máximo, vai ventar.
Exemplo:
Se não pôde na sexta-feira, que ventou fraco, mas deu pra brincar (na Varzinha), no sábado, ventou super bem a tarde inteira, pelo menos na lagoa dos Quadros, entre Xangrilá/Capão e Morro Alto – 18 à 25 nós e na Varzinha de 20 à 28 nós.
Tá, mas no sábado o cara não conseguiu ou saiu tarde de PoA para a praia, não leu o blog ou tinha compromisso com a família, levar o cachorro na pet, futebol com o filho ou manutenção do chuveiro que estava estragado há dois meses e, à noite, não conseguiu aproveitar a lua crescente para um velejo noturno. Então no domingo, era só acordar cedo e se tocar para a Varzinha, que rolou vento até umas 17h ou para a lagoa dos Quadros que tinha 20 à 25 desde que amanheceu até o meio-dia. À tarde chegou a ter quase 30 nós. Quando saí dos Quadros (16h), ainda tinha 25 nós. Tempo suficiente pro “nego” ficar com o corpo doído por pelo menos um dia, a segunda-feira que não ventou.
Na terça-feira, se folgou no final de tarde, em uma horinha dava pra dar uma corrida até a Varzinha, de vagar no trânsito, e acompanhar o Carlos Imóveis num velejo de uns 15 nós, só pra manter a forma.
Ontem, também rolou bons períodos de vento de 15 à 20 nós na Varzinha.
Hoje, depois de tanto vento, descanso né, pois de amanhã em diante tá marcando um vento forte até segunda-feira e se aproveitar só 30% dos velejos que tem dado, o cara tá em plena forma e bem bronzeado.
Então, falta de vento não é motivo para desespero, só se o cara não está indo atrás ou se está sem tempo mesmo. Claro que pode estar indo no lugar errado, mas aí o problema é outro.

Desespero sim, é o total descaso com a instrução de kitesurf no estado. Tem no supermecado: “compre dois kg de picanha e ganhe um vale aula” ou, tem “escola” que não tem o que fazer dá aula de graça para amigos, só pra ter o que fazer ou para dizer que tem alunos, dão uma instrução de qualquer jeito, pois a “escola” não ganhou nada para ficar na água, deixando de velejar, tomando sol na moleira e vendo seus equipamentos sofrendo. Pois estes amigos mal instruídos e, por este motivo, viram instrutores dos amigos pois "de qualquer jeito tá loko de bão", acabam assim, detonando carros daqueles que estacionam na praia. Assim mesmo, um "amigo" que foi "ensinar" outro, numa condição forte, com kite e técnica inadequada, até porque nem sabe o que é isso, acabou resultando num acidente grave, com fratura exposta de fêmur. Mas como Deus e os anjinhos protegem bêbados, crianças e alunos de esporte radicais, a vítima não bateu de tórax nem de cabeça e, contou com uma caminhonete que estava pela frente (zona de risco), para amortecer sua trajetória do indivíduo em instrução.
Analisem: o kitesurf comercial tem 10 anos. No início, era esporte de atletas de outros esportes, pois sempre foi e nunca deixará de ser um esporte que oferece risco ao praticante e à todos os terceiros que estão na volta, mas com a evolução dos equipamentos, o brinquedo ficou mais fácil. Tem institutos como a IKO (International Kiteboarding Organizations), a IKA (International Kiteboarding Association), laboratórios e centros de pesquisa, que estudam e trabalham incansavelmente, com inúmeros e diferentes profissionais de diversos campos, para evoluir e tornar cada vez melhor, rápido e SEGURO o ensino do esporte; existem diversos cursos de qualificação para instrutores, que infelizmente não temos muitas oportunidades aqui no Brasil, mas com certeza, existem pelo menos 30 instrutores gaúchos certificados e, aparece um timinho de “instrutores” desqualificados que saem por aí amassando carros e varrendo guarda-sóis nas praias. É pelo menos caso de polícia, já que as autoridades trabalhistas não fazem nada.

É só parar numa zona de kitesurfistas que é taquicardia garantida. Acontece de tudo e o pessoal ainda ri.
Acidentes acontecem sim, todos nós já tivemos ou presenciamos algum, mas sempre tem um culpado: o dono do equipamento.
Continuando com a sessão indignação, tenham cuidado com o furto de equipamentos. No sábado, um aluno formado da mangaviento, foi num pico que não estávamos e acabou tendo seu kite desconectado – ratiou e não conectou o leash e, como o lugar tem umas rajadinhas, o equipamento acabou indo parar numa prainha ao lado. Foi de carro para buscar o kite (Naish Helix 9 novinho) e quando chegou lá, só recebeu a notícia que dois caras entraram na água, murcharam o kite e saíram correndo num automóvel de auto-escola. Aproveito para transmitir que, o kitesurfista furtado desejo boa saúde aos autores do delito: “desinteria intestinal duas vezes por semana, durante 7 anos”.
Sessão boas notícias

Como já dito, as previsões de sexta à segunda-feira estão ótimas: é vento de E (leste) à NE (nordeste), sempre acima dos 20 nós. É só uma questão de observar os meteogramas e organizar a vida.
Então, os alunos que quiserem fazer aulas, por favor, marquem com antecedência para não terem surpresas.
Estaremos operando até sexta-feira na Varzinha. Para o final de semana, é garantido uma equipe no litoral. Trabalhos na Varzinha ainda não estão certos.

Abração à todos e bons ventos.

5 comentários:

  1. ta e essa foto o loko me vai veleja de sunga?
    potzzzzzz

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  2. aluno pode tudo!

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  3. Sempre acompanho os post e em geral sao bem fundamentados e com bom conteudo.
    Nao sei quem eh o dono do blog, mas espero que nao seja o ser supremo que descobri que esses dias disse a um conhecido meu la na Varzinha que "nao decolo kites pois sou instrutor"...nao tenho relacao com a escola, aprendi com um excelente instrutor de outro estabelecimento. No entanto, sempre respeitei a Mangaviento.
    Quando ouvi esta historia, sinceramente nao quis acreditar em tamanha hipocrisia e imbecilidade. Pode um instrutor renomado agir assim? Que exemplo esta dando? Se for verdade...perdeu todo credito e acho prudente parar de mijar este ou aquele pelo blog, dando licoes de moral a todo instante sobre pratica segura e respeito.
    Antes de falar de macro-ambiente, cultura social e ecologica e respeito...coloque o dedo no seu umbiguinho e faca um examezinho de consciencia e APRENDA (eu disse APRENDA, ou sera que ja sabe tudo??) a praticar o esporte com respeito ao cidadao do lado, sendo prestativo, companheiro e humano.
    Os exemplos sao melhores que as palavras.
    Nesta caso, exempos sublimes e contundentes pelo blog e, caso seja verdade, atitude "suina" durante a pratica. Pior do que reprovavel...desprezivel.

    Ha duas semanas tive meu kite decolado por um cara chamado Alvaro Onieva na Ilha do Guajiru...ninguem menos do que o ex numero 3 do mundo...sou velejador intermediario, longe de fazer manobras agressivas ou elaboradas...HUMILDADE sempre fez bem a todo mundo, fica aqui o toque.
    Eu posso ter 80 anos, mas vou decolar o kite e pousa-lo para todas as pessoas que me pedirem, sempre e em qualquer lugar quando eu nao estiver ocupado, mesmo que eu seja faixa preta 10 dan e a pessoa ao lado esteja velejando pela setima vez.
    Pq? Pq o cavalheirismo, a educacao, as boas maneiras e a cordialidade para com o proximo devem permear todas relacoes dentro de nossas vidas e isso obviamente alcanca o nosso esporte.

    Concordo plenamente quando escreve sobre penetras, despreparados, enganadores e picaretas que colocam em risco a vida de pessoas. Isso tem que acabar de uma vez por todas.

    Discordo quando ironica e infantilmente fala em "rajadinhas e prainha ao lado" obviamente se referindo a escola Rajada e a Prainha em Osorio (vou bastante la, mas nao tenho NENHUMA ligacao com a escola).

    Roubos acontecem na Varzinha, em Atlantida, em Los Roques, no Ceara, Australia, Peru, Ibiraquera e todos os outros lugares onde ja estive e pude acompanhar. Nao se trata de problema pq a escola x nao estava la ou pq era nesse ou naquele pico em especial.
    Obvio que existem lugares mais propicios do que outros para furtos e delitos. Ano passado duas vezes ejetei meu kite e ele foi parar na prainha, mas nao por causa das "rajadinhas" e sim pois eh a direcao do vento NE ou L que tende a levar para la...naturalmente...com ou sem rajadas...a ironia nao ficou legal... esse tipo de ironia/violencia, cronicamente, vem a ser tao nociva quanto os instrutores despreparados que promovem "aulas" colocando em risco as outras pessoas...pq eh uma outra forma de violencia, uma outra forma de sujar o esporte. Uma seria aguda a outra cronica.
    Gratuitamente desmerecer os locais "concorrentes" com criticas baratas nao esta a altura daquilo que eu frequentemente leio neste blog.

    Espero que as criticas construtivas ajudem em algo.

    Abraco

    Gabriel

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  4. Primeiro, gostaria de cumprimentar e agradecer o Gabriel pela colaboração. Desde já, o texto abaixo não é uma defesa e sim, um esclarecimento.
    Quem geralmente escreve neste Blog sou eu, Fumaça.
    A idéia central do comentário do Gabriel é conhecida, “não decolo kite, pois sou instrutor.” Uso esta frase há mais ou menos uns 6 anos, depois de notar que os alunos formados continuavam dependendo do nosso auxílio na decolagem. O pessoal chegava a esperar algum instrutor sair da água para pedir decolagem. Isto, além de atrapalhar o andamento do nosso trabalho, pois somos instrutores e estamos sempre atendendo ALUNOS, causava uma dependência cada vez maior dos KITESURFISTAS, desta forma, sempre quando estamos trabalhando e praticamente sempre estamos, não decolamos kites de kitesurfistas, apenas de ALUNOS.Fazemos isto para ensinar, não para ser arrogante. Ensinamos a pescar, digo, ensinamos kitesurf de forma completa, por este motivo, trabalhamos cursos vitalícios.
    Sempre que me nego a decolar um equipamento, nomeio alguém experiente para fazê-lo. Com certeza, o amigo do Gabriel que contou a história, não deve ser aluno nosso ou era alguém inseguro, que no momento em que me neguei a auxiliá-lo, não tive a sensibilidade de notar. Errei, mas lembro bem que havia mais uns 5 ou 6 amigos dele que poderiam ajudá-lo. Antes de desenvolver a apatia, poderia ter se perguntado a razão de tal prática. Mas tudo bem, um dia me desculpo com ele, se ele aceitar, é claro. Por último, eu nunca deixo alguém sozinho na beira sem auxílio. A frase é sempre usada quando existem mais pessoas na praia, que estão ali somente velejando ou descansando. A idéia é que um kitesurfista consiga decolar seu equipamento auxiliado por qualquer pessoa, pois ele tem de ter perícia suficiente para fazê-lo sem exigir do auxílio.
    Quem freqüenta nossa escola sabe que os incidentes lá são mínimos, justamente pela atenção que temos com a instrução. Um instrutor não decolar kites para kitesurfistas, de um certo modo, é utilizado para ensinar, pois isto deve ser aprendido no curso e quando há dificuldade, voltamos à aula do tema. Sem arrogância.
    Continuando a lista, segue algumas iniciativas de tentar aprendendo e ensinar:
    em 2008, apoiei a inciativa do Lingue, em trazer para o RS, um dos mais experientes instrutores da IKO, a fim de certificar as duas primeiras turmas de instrutores do estado.
    em 2009, fomos ao encontro da Associação Argentina de kitesurf, e na ocasião, ministrou-se umo curso de formação de instrutores, que serviu para a padronização de instrução da IKA – International Kiteboarding Association. No mesmo ano, trouxemos o então campeão overall brasileiro, Adalmo Pimpolho, que ficou aqui uma semana ministrando a primeira clínica de evolução de kitesurf do sul do Brasil.
    Em 2010, trouxemos o então campeão brasileiro de Freestyle, Carlos Madson, que aqui permaneceu duas semanas e mostrando e ensinando com simplicidade e genialidade, suas técnicas de instrução e execução de manobras.
    No próximo mês, iniciarei um curso de APH, a fim de melhor os conhecimentos de atendimento de emergência.
    Segue comentário Parte II.

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  5. Parte II
    Não gostei da expressão “atitude suína”, mas vá lá.
    Sobre falar rajadinhas e prainha, acho que não tem nada a ver. Todos sabem que a característica do vento do lugar é esta, e por este motivo, o proprietário colocou o nome como tal. Apenas não quis mencionar o nome do lugar, para não ligar o fato do furto ao local e penso que aqui, já entrastes numa linha pré-conceituosa. Mas tá na boa. Também sobre o lugar onde tem ou não furto, acho que é particularidade de cada lugar. Em alguns lugares tem mais gente e temos que cuidar mais, outros, nem tanto. Isto também depende da época do ano. Li e reli a o parágrafo que escrevi e não vi nada para mal entendido. “Desmerecer lugares concorrentes”, eu nem mesmo tenho um pico de kite para ser concorrente. Acho que aqui também entramos naquela história da parcialidade.
    Agradeço mais uma vez ao Gabriel pelo contraponto. Vou aproveitar e me policiar mais antes de negar uma decolagem para alguém. Vou reservar a frase para o pessoal que sabe do que se trata.
    Abraço suíno
    Fumaça

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